Sônico metamorfosear dos ventos abafados
Entre os inocentes conturbados me divirto mais,
Essa constipação mental, vertiginosa das 5 da manhã me seca
deixa-me atordoada facilmente
contando-me segredos sabidos
receados por não dissociação
Sônico metamorfosear dos ventos abafados
Eles novamente reinventam e reavivem outras pessoas
mudando horários, valores e vontades
Novamente discorrem-se alusões momentâneas, discrepâncias ávidas e suspeitas sem direção
Abafando resquícios regurgitados pelo assombro da névoa verdejante
Abafando resquícios memoriados pelo reflexo difuso da caça ao caçador
Trocando significados e significantes, sugerindo bobagens sem sentido
repensando arrependimentos amorosos passados, reavivando do túmulo aqueles que não se deve nomear
desejando destes um último afago, um último beijo estálido, recobrando o afeto perdido e espatifado
Modificando sentimentos não realizados
restringindo saudades trementes e paixonites cadavéricas... Paixonites perpétuas
Que é pra não quebrar de novo com tanta violência, que é pra não deixá-lo partir-se por mesquinharia
nem deixar aos cuidados de qualquer alguém,
que more longe ou que more perto,
Espatifando sentimentos idealizados... Fortificando carências sem saúde, porém não-destrutivas
e reafirmando compromissos fechados.
Sônico metamorfosear dos ventos abafados,
vem acordar, jogar-me da cama e não deixar enclausurar
vem fazer, pôr-me a levantar e correr pro mar, sussurrando nomes sem parar, sem pensar
proferindo palavras mórbidas e exasperadas...
Notóriamente afogo queimaduras e piso rachaduras... Apelando para o zelo descuidado
bêbeda de mim mesma