O que quero dizer é: você não pode ser você mesmo. Jamais. Você sempre acaba tendo de ser mais complacente, generoso, meigo, introvertido, enrustido, sempre acaba tendo de eufemizar cada vez mais as suas expressões brutas. E para quê? Para agradar aos outros. E por que? Porque tudo o que é diferente de nós mesmos é inaceitável, é estranho, dá medo.
Eu discordo dessa merda!!! Odeio essa camuflagem de um real e noventa e nove centavos! Isso é nojento! Eu gosto de tudo o que é na cara, que não é disfarçado, dúbio! Amo uma matéria-prima, eis a verdade, eis a questão! Amo uma ação primitiva! Amo o que não está tentando mudar a si por causa de A e B! Amo a ideia de aceitar a si mesmo e conviver com isso! Amo poder saber o que alguém realmente pensa sendo indiferente a minha opinião! ISSO É SER VERDADEIRO, PORRA! Chega dessa merda de falsidade! Quer coisa falsa? Vai à Uruguaiana, caralho! Aqui não tem isso, não, porra!
É por isso que quando a minha mãe quer conversar sobre coisas em que ela e eu discordamos muito, eu prefiro ficar calada! Justamente pra evitar atrito, porque eu sei muitíssimo bem que, por mais que ela "aceite" a minha opinião, vai ficar aquela tensão no ar, e não vai adiantar de porra nenhuma, ela vai continuar pensando da forma dela e eu da minha. Acaba sendo uma conversa - discussão - desnecessária.
“Falta de sorte,
fui me corrigir.
Errei.” (Alice Ruiz)
“Se eu fosse fofa, meiga e sonsa, não teria metade dos meus problemas.” (Tati Bernardi)
“Seja flor e exale-me.” (Igor Pires)