Arte da carnificina
despregada
De olho
no ferrolho
Eles dão às coisas simples um ar proibído,
como se nada disso fosse permitido
E o pão pisado de cada dia é tenaz
os abraços não satisfazem mais
Querendo morder e fazer dissipar
o estado crítico não se desfaz, o nó está firme em nossas gargantas, como garras. Pensemos juntos, partamos o ferrolho num só empurrão
Abruptas pisadas ressoam forte por todos os cantos, todos estão atônitos e enraivecidos
tomados por absoluta cólera
Trouxeram póuvora e flores... Para quê ?
Não entendo os dias de hoje, o mundo de hoje
Fim dos tempos ? Pode ser
Caímos no sono por tão pouco, deixando escapar momentos insubstituíveis
tudo o que queremos não está mais lá quando buscamos
Só agarramos perdas e danos...
Os momentos marcantes são como fumaça
passam por nossas mãos
Não conseguimos agarrá-los... Estes não, eles sempre saem flutuando
Mas um dia... Um dia conseguiremos. Batalhamos por isso, vivemos para isso... Em busca de coisas que não podemos, que não conseguimos pegar
Procurando, básicamente, por achados perdidos
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector)
Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector)
"Eu me recuso a ser sócio de qualquer clube que me aceite como sócio." (Grouxo Marx)
"Repara bem no que não digo." (Leminski)
"Meu epitáfio será: Nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa" (Rita Lee)
"Procurando, básicamente, por achados perdidos"
ResponderExcluiradorei esse final! =D
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ResponderExcluir"achados perdidos"
Adoro pensar no significado que atribuí a esse trecho.