Não me esqueço de você, por mais que eu tente, por mais que o tempo passe, por mais que eu precise me desamarrar... Esqueço, esqueço mas imprevisivelmente me vens à cabeça. Hoje lembrei muito de você, não foi exatamente fácil, mas também não foi nada difícil. Lembrei de você e comecei a pensar em viajar, em sumir, virar poeira e me soprar pra longe daqui. Pensei em cumprir com uma coisa que te disse há uns 4 meses, pensei seriamente nisso, ainda estou pensando, seria a minha cara fazer uma coisa dessas mesmo sabendo que na volta para casa me estreparia pelo resto do ano.
É uma sensação indescritível acordar e ter uma vontade súbita de fazer algo, e essa vontade se espalhar, tomar conta, e ser cumprida. Após acordar, você permanece deitado e fica calculando os prós e os contras dessa vontade louca, daí você pensa por um segundo, apenas por um segundo, “Ah, foda-se”, se levanta, pega as tuas coisas e sai de casa pra voltar somente quando a vontade estiver saciada. É realmente indescritível a sensação de desejo saciado.
Dessa vez não acordei e senti essa vontade louca, estava estudando física lindamente, amo física, é uma das poucas coisas que amo mais do que a você, enfim, estava lá estudando, estava tocando “Ainda não passou” do Nando Reis, foi ela a culpada, me lembrei de você e dei uma remoída nas lembranças castanhas de nossas fingidas viuvezes. No meio dessa remoída lembrei daquela coisa que te disse em agosto sobre a hipótese de você ficar doida varrida e querer me esfregar pra fora da tua vida, você lembra? Enfim, pensei nisso e logo depois pensei em viajar, pensei em como seria bom voltar a fazer o que me dá na veneta sem explicar a ninguém, apenas fazer e depois arcar com as conseqüências, bons tempos. Pretendo voltar a esses tempos. Talvez. E pra abrir com chave de ouro, essa viagem seria sem dúvida a melhor escolha, mesmo que só dure um dia ou algumas horas.
Depois de desejo fatiado e remendado, voltaria felizfelizfelizlizlizliz. Senão dezembro, senão janeiro, fevereiro.
Quem liga para o Carnaval?
Escrevo clichês.
"Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou
E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Por você, por você"
(Ainda não passou - Nando Reis)
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