eu não te vi durante o amortecer das últimas noites,
nem nos tangíveis amanheceres mais celetes,
mas creio, e sei por conta disso,
que continuas tão reverberante e macia quanto
d'antes fora
tua fibra minha corda no pescoço
teu repuxar de lábio minha paralisia
a sonoridade da tua risada meu enternecimento
e o mero vislumbre do teu sorriso de boba da corte meu eterno julgamento
te amo como se nunca tivesse respirado num alvorecer
te amo como se jamais tivesse amado mais ninguém
te amo tanto que dói de forma que não sei classificar a ausência de nós
e é água salgada que inunda meu peito e me perde no estreito
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