"Lá se foi ela, dobrou a esquina e não quis mais saber
Sucumbiu-se dos desagravos e perdeu-se por algum canto.
Não mais a viram desde então,
foi-se arredar sem coração às sombras de pestilentas solidões
Sumindo por prazer.
Histórias são histórias, contos são contos e nada menos...
E nada menos impróprio e improdutivo que viver destes,
arrojar-se a nada
tentar catar migalhas em invernos tempestuosos
E pedir perdão agourento..
Mas ela uma vez, tarde ou cedo, teria de voltar
teria de reafirmar-se ao cós arruinado.
Precisava dela como precisava do ar, da mesma maneira como precisava inconcebivelmente daquela outra vida, daquele conjunto de moléculas tão absurdamente íntimo...
Sentia-se desnorteada pela ilógica previsível daquela outra vida tão próxima a sua
Aproximou-se novamente e, recompondo os estilhaços de seu coração vadio, passeou deliciada pelos contornos da bela criatura.
Apertou-lhe a mão e sorriu calorosamente,
como se mais nada importasse
como se não houvesse nada além..."
- De que falavas?
- Nada... Nada de que eu possa explicitar a vós. Deixais assim, deixais subentendido.
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