- Manoli? Manoli? - Seu cachorro jamais se demorava quando ela o chamava, por que agora? Liesel levantou-se de súbito e foi procurá-lo. Saiu do quarto aos pulos, calçando seu chinelinho, todas as luzes estavam apagadas. Sim, aquilo era muito estranho. Liesel pôde sentir seu coração acelerar gradativamente, enquanto andava na penumbra à procura de seu cão. Sentia-se estranha não só por todo o ocorrido não ter passado de um sonho e por estar faltando algo importantíssimo para entendê-lo, mas por estar numa casa... Na sua própria casa e ainda assim parecer ser a de um estranho. Sentiu um ardor corroer-lhe por dentro completamente.
Repentinamente as luzes se acenderam. Deparou-se frente à uma coroa de cabelos castanhos e logo apagou novamente.
E o tempo não parou.
O tempo nunca para.
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