"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...

Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector)
"Eu me recuso a ser sócio de qualquer clube que me aceite como sócio." (Grouxo Marx)
"Repara bem no que não digo." (Leminski)
"Meu epitáfio será: Nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa" (Rita Lee)

I am not but I am

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Enorme Zepelim

  Gosto de falar com as paredes. Nem sempre, mas gosto. O outro é sincronicamente interessante e estranho. Quem me vê refletida no espelho? O outro ou eu? Talvez eu tenha predileção a tomar caminhos tortuosos.
  Fruto proibido de olhos semicerrados.
  Tinta colorida em luz negra.
  Músicas e bebidas e cigarros.
  The Cure... Não me cure. Minha enfermidade, minha paz avulsa de ponta-cabeça.
  Taquicardias mundanas, desejosas de atritos incoerentes e vindos do enorme zepelim.









“Tenho problemas com o rosto humano. Acho muito difícil olhar para ele. Encontro a soma total da vida de cada pessoa escrita nele e é uma visão terrível. Quando se vêm milhares de rostos em um só dia, é cansativo dos pés à cabeça. E por todas as entranhas. É por isso que admiro os bilheteiros do hipódromo. E a maioria é bem legal. Acho que os anos que passaram lidando com a humanidade lhes deram uma certa visão. Por exemplo, sabem que a maior parte da raça humana é uma grande merda. Eu poderia ficar em casa. Poderia trancar a porta e brincar com tintas ou qualquer coisa assim. Mas, de alguma forma, tenho que sair, e ter a certeza que toda a humanidade é uma grande merda. Como se fosse mudar…” (Charles Bukowski)