"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...

Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector)
"Eu me recuso a ser sócio de qualquer clube que me aceite como sócio." (Grouxo Marx)
"Repara bem no que não digo." (Leminski)
"Meu epitáfio será: Nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa" (Rita Lee)

I am not but I am

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Não sei.

 Não entendo tanta coisa. Porque essas coisas têm mania de se camuflar ? Por que é tão difícil de entender ? Quero saber o porque dessa tristeza profunda e apática, o porque dessa mania devassa e estúpida de afastar quem se importa, quem quer fazer valer a pena. Quero conversar sobre isso, especular, mas não dá. De que adianta eu falar e falar se ninguém entende ? De que adianta, se eu não sei como falar e os outros não sabem como ouvir ?
 Tudo se torce e retorce e não há nada que eu possa fazer para que isso mude, não há nada, jamais houve... Já nem sei direito o que foi que me fez ficar assim, é tanta coisa que me assola se assomando, que não faço ideia de qual delas me faz pifar dessa maneira. Todas têm culpa, todas fizeram-me mal, mas não sei qual delas é a pior.
 Queria mesmo poder dizer o que é isso, mas não consigo. É difícil... E quando tem alguém realmente disposto a saber é foda, tem vezes que eu acho um absurdo completo tudo o que me aflige e aí eu me fecho ainda mais. Não é nenhum pouco fácil, é enlouquecedor. Tudo isso e muito mais acontece comigo, logo comigo, que já não sou muito certa desde sempre. Logo comigo, que sou extremista.
 Talvez seja por isso que eu prefiro me atrelar aos estranhos, eles não questionam nada, não perturbam, não ficam falando sem parar sua ladainha imunda nos meus ouvidos. Eles apenas não se importam e por isso não questionam nada. Mas talvez seja como me disseram, os estranhos questionam sim e na verdade só são de fato estranhos por algumas horas ou dias. Dane-se não tenho contatos constantes mesmo.
 Quero sumir. Sumir de verdade, não pegar nada, nem escrever bilhete, apenas partir, já recebi até convite para isso. Não importa o lugar, desde que ninguém saiba, desde que ninguém vá me procurar. Mas aí tenho de voltar à realidade maldita de cada dia. É uma pena que fugir fique apenas na ideia, seria ótimo dar vida à ela.
 Não sei, não sei... E quando a tristeza profunda não me consome, continuo confusa, mais confusa que antes. É ininteligível. Droga, me sinto tão... Tão burra, tão estúpida, impotente e débil... Não me acho digna de Amor e de bons tratos, nem de confiança e outras coisas boas. Não sei. Não me digo merecedora de nada, não sou santa, também não fiz por onde mesmo.
 Estou escrevendo esse monte de merda nenhuma para que a porra de ninguém leia, de qualquer forma continuo escrevendo loucamente, para que minha mente cesse e me deixe letárgica, mesmo que por algumas horinhas.
 Não tendo ninguém que me entenda apenas jogo-me de volta à solidão, para a crueldade de minha mente hiperativa. Adeus.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Posse.

Talvez os dias fossem duradouros
dormisse eu mais cedo
Talvez assim as semanas deixassem de passar cansativas

A manhã que se propaga tão violentamente
tira-me do sossego, arrancando-me de minha bolha
estourando-a descuidada.

Já não sei como vim parar aqui
de tanto que corri por dentre as árvores
sem desalento, com desespero

O estranho íntimo que me está a cercar
assusta-me ao mesmo tempo que me faz adorá-lo
É estranho como a si mesmo e gostoso.
Há tanta admiração e entusiasmo,
que mal posso descrever ou demonstrar
de minha parte há cautela imoderada

Aos pouquinhos vão-se sobressaindo
como num desabrochar.
Aos pouquinhos...
Vou tomando posse
daquilo que não me pertence e que não deveria pertencer...
Ou talvez deva sim, assim o ser
Deva ser minha, como eu dela.

Assim tem-se duas metades de um todo,
fundidas pelo acaso...
unidas por desacato, pela parte de uns e outros.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tangente

Pessoas em nossas vidas que se vão, às vezes tão rápido quanto se vêm
algumas ficam, cismam em não partir e se grudam a nós, às nossas ideias, aderem nosso estilo de vida...
Primeiro estranha-se, depois estranha-se também. O que muda ?

Tem gente vindo e tem gente partindo
Vindo pra ficar de vez ou pra causar transtorno
Partindo nossos corações ou indo embora, simplesmente
com ou sem explicação

Dá-nos baque surdo
estridente e estrondoso.
Não importa quem está vindo e indo sem parar
não importa o motivo da partida destas
elas são apenas sombras
elas são apenas como o vento, não demoram a desaparecer pra longe, pra além da esquina mais distante.
Importa quem fica, quem mexe, quem está aí dando sem se preocupar em receber

Minha contradição me complica e me afeta
espera-se que um dia ela esteja apta
a descomplicar minha complicação e a tornar ainda mais simples o modo como vejo o que não se pode ver
que seja possível também não falar mais oco
gritar sem mais esforço
e não pensar pouco

A simplicidade do momento me atinge e me desdobra
para que se possa fazer mais, para que se possa corres atrás
do que corre demais
do que corre pra trás, fugindo de nós, correndo pr'um buraco fundo e buliçoso
cada vez mais sem escapatória
sem nem conseguir sair pela "tangente"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

De Você.

É que eu tô com vontade de você
isso não vai cessar até que
eu possua seu ser

Alternativa ?
Não estou pagando sugestão,
mas ouvir uma nova opinião
seria "bão".

Alternativa, nem tô pedindo
nem tô querendo
Mas vou tecendo... Aqui e ali

Não tem cu com as calças nas minhas palavras, nos meus pensamentos e talvez nos sentimentos
mas eu não disse nada que tinha, nem que terá...
Apesar de que, o tempo passa e certos costumes enjoam
Enjoei de mim ?

Não liga, não
é que são 3:20 da manhã
E eu ainda tô com sede de você

Velha do Méier

Vim aqui novamente para dizer palavras incoerentes e nocivas, palavras que ferem meu ego... Ou não. Não, na verdade dessa vez elas não ferem meu ego, não são nocivas ou coisa que o valha, talvez incoerentes... Provavelmente. Dessa vez está tudo tranquilo e isso é tão fora do meu normal que eu até estranho.

Ainda me pergunto por que foi que eu demorei pra fazer isso, sabe, ela estava lá o tempo todo. Mas... Tudo no seu tempo... Será ? Não sei, não faz muito meu gosto pensar dessa forma.

Talvez eu realmente goste da incerteza e da imparcialidade da vida... Talvez... Talvez, por mais que me doa, eu ainda esteja esperando por surpresas, por coisas que não se pronunciam, talvez seja o melhor, mas vai saber... É tudo muito incerto e eu tenho medo de sofrer.

Aqui onde os dias são mais quentes e os amores mais intensos, as horas se arrastam e a Velha do Méier me espera pra um abraço (?). Pode ser que sim, pode ser que não. Não tenho certeza de nada. Só quero que seja bom e diferente, afinal, como já disse, está tudo tranquilo. E isso não é normal, ao menos pra mim.