"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...

Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector)
"Eu me recuso a ser sócio de qualquer clube que me aceite como sócio." (Grouxo Marx)
"Repara bem no que não digo." (Leminski)
"Meu epitáfio será: Nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa" (Rita Lee)

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sábado, 29 de junho de 2013

Elogios outonais

Gosto de adjetivos estigmatizados, gosto de atos polêmicos e incestuosos, e atos puros também - como beijo no rosto, olhos que sorriem, risadas estalidantes...
Dentre tanta pureza, descobri ultimamente algo que me deixa em êxtase, até mesmo feliz, se é que me entende... Descobri que gosto de elogios, mas não qualquer elogio. Gosto de elogios frágeis como as folhas no outono.
Sim, é meio triste, visto que no outono as folhas ressecam e caem. Entretanto, não quero e nem estou caracterizando os elogios aos quais me refiro como sendo impessoais, às vezes um tanto contundentes, mas jamais impessoais. Quero dizer que são elogios inesperados... Por isso são como as folhas no outono. Sabe-se que numa hora qualquer eles, os elogios, assim como as folhas no outono que estão prestes a cair - e por isso são frágeis -, também cairão, hão de ser ditos.


"— Não soube compreender coisa alguma! Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. Ela exalava perfume e me alegrava... Não podia jamais tê-la abandonado. Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la."
(Antoine de Saint-Exupéry - O Pequeno Príncipe)