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domingo, 5 de dezembro de 2010

No cu delas



 


"A gente teve uma hora que parecia que ia dar certo. Ia dar, ia dar, sabe quando vai dar?"


Lindo, né? Eu digo que te amo, tu afirma que me ama e saímos de mãos dadas por aí. Lindíssimo, lindíssima cena de filme. O Amor é uma coisa maravilhosa, irmão, maravilhosa, até que te despedaça, até que te crava uma estaca pelas costas e te estraçalha forever, o Amor é mágico, mágico pra caralho, te destrói em segundos. Amor? O que é o Amor?
Eu te digo, te amo meu amor, te amo muito, e tu rebate dizendo que me ama também, que me ama muuuuito, muito, muito, que é pra sempre. Pra sempre!? As pessoas dizem que é pra sempre, eterno, forever. No cu delas. No cu apertado delas! Amor é o caralho. Pra sempre, no cu de quem diz, Amor não é assim, sai daí, bando de animal. Porra.
Lindo. Tão lindo que não suporto todo esse sentimento cheio de si, tão cheio, mas tão cheio, mas não para de crescer e absorve, absorve, e te engole pra dentro dele, e tu se perde numa coisa maravilhosa, mas não dura, não é pra durar. Já começa com fim premeditado. E você sai disso tudo arrebentado, esfolado, com fraturas expostas, você sai horrível, cuspido, triturado. Quando você sai.
Cara, Amor é uma coisa muito complexa, muito intensa. É coisa sensorial demais pra mim, me arrebento sempre, sem exceção. Amor é uma auto-destruição aclamada. Todo mundo quer amar e ser amado, coisa sem igual, essa tortura coletiva. Pra que amar? Pra que pedir para ser iludido? Pra que se desgastar com essa merda moribunda? Pra que pedir pra tomar no cu? Amar não é vida. Meu chapa, o Amor não existe, e no cu delas que é pra sempre, no cu apertado e preto e sem pregas de quem diz que é pra sempre, porque, oras, pra sempre é nunca mais.


"Em movimento, andando por aí, perdendo ou ganhando, levando porrada, tentando amar."

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